Representantes da empresa francesa Dassault, que compete na licitação pela venda de 36 caças ao Brasil, afirmaram nesta quinta-feira que seus aviões Rafale serão negociados a um "preço competitivo", caso sejam aprovados. O diretor da empresa no Brasil, Jean-Marc Merialdo, colocou em dúvida, durante uma entrevista coletiva, que os aviões Gripen NG, da sueca Saab, ou os Super Hornet F-18, da americana Boeing, possam custar 40% a menos que os Rafale, como afirmaram seus respectivos fabricantes. Merialdo também disse não acreditar que a Boeing esteja em capacidade de oferecer um melhor preço e afirmou que tanto essa companhia quanto a Saab demonstraram "falta de compostura" em seu afã por ganhar a licitação. O diretor da Dassault se recusou a anunciar o preço de seus Rafale, pois ele deve respeitar "a confidencialidade" à qual se comprometeu com a Força Aérea Brasileira (FAB), mas assegurou que são números "competitivos" com as outras duas companhias. Merialdo também disse que a empresa se comprometeu a transferir "100% da tecnologia" do avião, tal como o exige Brasil no texto da licitação. O prazo para a apresentação das ofertas venceu no dia 2 de outubro e a FAB analisa atualmente cada uma delas. A FAB entregará um relatório sobre o assunto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que dará a última palavra a respeito.
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